quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O documentário Lixo Extraordinário (Inglaterra Brasil), concorre ao Oscar 2011. Nele, o artista plástico brasileiro Vik Muniz fotografa cenas do lixão e as reconstróem com o material reciclado pelos catadores. Muniz, trabalha exatamente com isso, releituras. Utiliza todo tipo de material que não seja pincel e tinta.

Achei bem legal. Confiram.
Monalisas de geléia e doce de leite


Capa do cd de Seu Jorge com páginas de revistas


Tião, catador de lixo, imagem formado com material reciclado

Foto que originou a obra de arte.


Capa do cd dos Tribalistas com calda de chocolate


Para a abertura da novela Passione


Elizabeth Taylor feita com diamantes


Bugingangas para formar um anjinho

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

                                                                            

Foto (Revista Exame): Mulher em comemoração pela Renúncia de Mubarak, no Cairo

"Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida..."
(José Saramago)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Clarice Lispector

Muito tempo sem postar, mas retomando os remos do barco. Quero compartilhar com vocês uma autora que gosto bastante, Clarice Lispector. Atualmente estou lendo Aprendendo a viver, um livro de crônicas, bastante informal em que a escritora fala de coisas do seu dia a dia, sua infância, seus relacionamentos. O que me impressiona em Clarice, é a forma sincera de expor seu ponto de vista e a identificação com o que também penso e sinto. Às vezes polêmica, às vezes inocente, mas sempre sincera, pelo menos é o que me parece.
Abaixo, transcrevo um trecho do livro citado.

O IMPULSO

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E às vezes ter sido impulsiva me machuca muito. E mais: nem sempre meus impulsos são de boa origem (...) Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime; às vezes restringi-lo dá-me uma sensação de força interna.
Que farei então? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso.