Não costumo escrever post sobre minha vida pessoal, mas hoje abro uma exceção pelo Dia das Mães.
Fiquei assustada quando soube que estava grávida. Mesmo casada há quase 2 anos e com pretensões de ter filhos, um bebê não estava exatamente no plano atual.
Após o susto inicial, minha vida girou em torno do meu filho. Primeiro, a escolha do nome -sempre gostei de Lucas- que significa “aquele que vem com a luz”. A arrumação do quartinho, das coisinhas fofas, próprias do mundo infantil. Passava o tempo livre na net à procura de produtos pra ele. No dia 26.08.2006 ás 12:26 da manhã, Luquinha nasceu. Só tive tempo de olhá-lo rapidamente e chorar emocionada pela sua chegada. Porque o que veio depois foi puro terror!
Tive primeiramente uma leve falta de ar, avisei o anestesista, ao que ele falou que era normal. Normal a cara dele! Rapidamente a falta de ar tornou-se crônica. Não conseguia mesmo respirar. Meus olhos não abriam, minha cabeça caiu de lado, a língua pesada, não conseguia mexer. Só escutava o que as pessoas na sala de cirurgia falavam. O único jeito de comunicar o que estava acontecendo foi abrir e fechar os dedos das mãos freneticamente, parte do corpo que ainda movia. Manoel, meu marido, alertou: “acho que ela tá tendo uma convulsão!”. O anestesista, filho da mãe, ficou injuriado e o expulsou da sala. O médico chamava meu nome e, pedia pra abrir os olhos. Em vão. Nesse momento só conseguia orar e pedir pra Deus não me deixar morrer. A morte não me assustava até o momento de ter que encará-la. Sentia o medo do meu filho não conhecer sua mãe, não conhecer seu aconchego, suas manias, suas chatices, seu amor. Como iria crescer sem mãe?
A última imagem na minha memória era da luz vinda de uma janela de vidro, localizada no alto da sala de cirurgia. Agarrei-me nessa “luz”, depois todo o ar foi embora e desfaleci.
Como dá pra perceber, sobrevivi. Parece que tive uma reação alérgica à anestesia.
Assim que pude pegar meu filho nos braços agradeci à Deus pela graça de dar a luz a uma criança, linda, perfeita e abençoada.
Luquinha, minha pimentinha, muito obrigada por me tornar uma mulher melhor a cada dia! Mamãe te ama!