domingo, 9 de maio de 2010

Minha Luz

Não costumo escrever post sobre minha vida pessoal, mas hoje abro uma exceção pelo Dia das Mães.

Fiquei assustada quando soube que estava grávida. Mesmo casada há quase 2 anos e com pretensões de ter filhos, um bebê não estava exatamente no plano atual.
Após o susto inicial, minha vida girou em torno do meu filho. Primeiro, a escolha do nome -sempre gostei de Lucas- que significa “aquele que vem com a luz”. A arrumação do quartinho, das coisinhas fofas, próprias do mundo infantil. Passava o tempo livre na net à procura de produtos pra ele.
No dia 26.08.2006 ás 12:26 da manhã, Luquinha nasceu. Só tive tempo de olhá-lo rapidamente e chorar emocionada pela sua chegada. Porque o que veio depois foi puro terror!
Tive primeiramente uma leve falta de ar, avisei o anestesista, ao que ele falou que era normal. Normal a cara dele! Rapidamente a falta de ar tornou-se crônica. Não conseguia mesmo respirar. Meus olhos não abriam, minha cabeça caiu de lado, a língua pesada, não conseguia mexer. Só escutava o que as pessoas na sala de cirurgia falavam. O único jeito de comunicar o que estava acontecendo foi abrir e fechar os dedos das mãos freneticamente, parte do corpo que ainda movia. Manoel, meu marido, alertou: “acho que ela tá tendo uma convulsão!”. O anestesista, filho da mãe, ficou injuriado e o expulsou da sala. O médico chamava meu nome e, pedia pra abrir os olhos. Em vão. Nesse momento só conseguia orar e pedir pra Deus não me deixar morrer. A morte não me assustava até o momento de ter que encará-la. Sentia o medo do meu filho não conhecer sua mãe, não conhecer seu aconchego, suas manias, suas chatices, seu amor. Como iria crescer sem mãe?
A última imagem na minha memória era da luz vinda de uma janela de vidro, localizada no alto da sala de cirurgia. Agarrei-me nessa “luz”, depois todo o ar foi embora e desfaleci.
Como dá pra perceber, sobrevivi. Parece que tive uma reação alérgica à anestesia.
Assim que pude pegar meu filho nos braços agradeci à Deus pela graça de dar a luz a uma criança, linda, perfeita e abençoada.
Luquinha, minha pimentinha, muito obrigada por me tornar uma mulher melhor a cada dia! Mamãe te ama!

6 comentários:

Amanda Oliveira disse...

Ju que declaração mais linda de amor!!! To quase chorando...
Deus continue te abençoando, com graça sabedoria e paciencia (rsrs)

M. A. Cartágenes disse...

Mulhé tu me deu um aperto no coração descrevendo com tanta minucia o pós-parto do Luquinha.

Se algum dia eu for pai, sei lá, ia ficar pertubadinho se algo do tipo rolasse na minah frente... Fora que nunca que ia deixar um medico me expulsar da sala de parto... Sabe né, puxei pra Sr. Joaquim no sentido de ser "bruto".

Enfim, só sei que é engraçado ver um ser que é a tua copia (no jeito de ser) e ao mesmo tempo de Manel (na aparência).

Deve ser bom se ver em uma miniatura de gente ^^

Paz.

Mirian Soares disse...

Gente do céu!!! Ju, eu não sabia disso, mermã. Que médico filho da mãe. Nossa, um baita susto, mas graças a Deus por Ele ter poupado a sua vida e ter permitido Luquinha conhecer a sua mãe.
Feliz Dia das Mães atrasado, flor. rsrsrs
bjo

Blog Autor Independente disse...

Obrigada Amandinha, Marquinhos e Mirian! Mãe é tudo besta! rsrsrs

ThiagoK disse...

Fiquei aflito com tal descrição, nossa, uma vitoria e tanto! PARABENS POR ESSE DIA!

Társyla disse...

Oii fofa! Td bem?
como eh difícil axar blogueiras d slz! ^^"
Teu filhote eh uma graça! =]

Depois dá uma passadinha no meu Blog e diz o q axa ;)
Bjs =**

http://scorpitazy.blogspot.com